segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sê Rei de Ti Próprio


Não tenhas nada nas mãos
Nem uma memória na alma,
Que quando te puserem
Nas mãos o óbolo último,
Ao abrirem-te as mãos
Nada te cairá.
Que trono te querem dar
Que Átropos to não tire?
Que louros que não fanem
Nos arbítrios de Minos?      
Que horas que te não tornem
Da estatura da sombra
Que serás quando fores
Na noite e ao fim da estrada.
Colhe as flores mas larga-as,
Das mãos mal as olhaste.
Senta-te ao sol. Abdica
E sê rei de ti próprio.

Ricardo Reis, in "Odes"

Receita de Liberdade


Para confeccionar este delicioso conceito, misturamos o sonho, o amor, a imaginação, a determinação, a escrita, a leitura, a beleza da natureza. De seguida voamos para lá do universo até onde o pensamento nos permitir.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Liberdade dentro da cabeça...

A liberdade é relativa como a verdade e a mentira. Como a verdade, porque nunca ta darão completamente e como a mentira porque te ilude e te faz pensar que tudo pode ser feito, quando isso é impossivel.

E é esta liberdade que ainda hoje em dia está escravizada por defenições, idiomas, normas e costumes. É a mentalidade de pessoas fúteis que nao podemos mudar e que infelizmente estão acima da nossa própria liberdade. A liberdade é a meta de todos nós, mas que é impossivel de alcançar, porque na sociedade de hoje em dia todos temos de depender de alguém para sobreviver e eu chamo a isso não liberdade, mas dependência. A liberdade passa um pouco por aí, a independência de cada um de nós, mas acima de tudo, como a vivemos e como a conseguimos disfrutar.

Por vezes sinto-me escravo, escravo da minha realidade, do meu país, dos meus assuntos e até da minha familía. Mas paro e penso, penso e volto a pensar e tiro a conclusão de que estou a ser injusto porque há verdadeiros escravos de tudo o que mencionei e penso que é a eles a que devia dedicar este texto, aos miudos que por cobardia e infelicidade são escravos, que trabalham para nós termos o que vestir, o que infelizmente é uma realidade muito comum nos nossos tempos e que nada podemos fazer para a mudar. Não se esqueçam há crianças a receber uma refeiçao por uma peça de roupa que nos nosso país custa 100, 200 euros, portanto nao esquecer que a liberdade é como uma mãe - até podes pensar que ela morreu - mas ela anda sempre ao teu lado para toda a eternidade.

Pedro Lopes

Liberdade de expressão e jornalismo



A liberdade de expressão foi a maior conquista e a que se mantém com mais força, de todas as conquistas de Abril.
O jornalismo, como não seria de esperar outra coisa, tem na liberdade de expressão o suporte para fazer um jornalismo rigoroso, e assim informar a sociedade.
Contudo dentro do jornalismo político, a liberdade de expressão veio a tomar um tom quase fundamentalista, pois passou a ter o dom de influenciar toda ou quase toda a sociedade, pondo em causa a liberdade de escolha política desta. A influência jornalística na sociedade vai ao ponto de derrubar governos e alterar ciclos políticos, pois muitas vezes utiliza meios ilegais e notícias pouco fundamentadas, para tentar denegrir pessoas ou instituições. Em consequência e devido à concorrência, todos os meios de comunicação vão a reboque, e assim, pela generalização e persistência acabam por ter uma influência feroz em toda a sociedade.
Muitas vezes esses “bota abaixo”, pouco dignos, são acompanhados de promoções, também elas com uma dignidade pouco visível.
O jornalismo devia dar a notícia pela notícia, bem e legalmente fundamentada, e deixar a análise política para os comentadores especializados e politicamente abrangentes.
O jornalismo não pode assim usar a liberdade de expressão para condicionar, pela persistência, a liberdade de escolha de uma sociedade.  
José Augusto Oliveira

domingo, 23 de janeiro de 2011

Liberdade, ou não...



Quando me propuseram escrever um texto acerca da liberdade dei por mim a pensar “ela existe mesmo?”… A resposta sai de imediato: SIM e NÃO! Nova questão: PORQUÊ?
Comecemos pelo início… quando DEUS criou o Mundo criou também Adão. Adão era livre mas sentia-se só.  Então, criou Eva que, insatisfeita, colheu a maçã proibida e a deu a provar a Adão. Neste preciso momento a liberdade pura que Adão e Eva conheciam termina por aqui, acabou no momento exacto em que entraram na vida um do outro e proporcionaram um ao outro todo um rol de experiências: assim o é na nossa sociedade, quando a nossa liberdade começa é quando termina a do outro. Toda a nossa liberdade é limitada pelos seres e pelo ambiente em que vivemos. Liberdade existe, mas com Limites, ou pelo menos é assim que a conhecemos!
Livres somos verdadeiramente quando nascemos. Somos apenas crianças e sonhamos. Não temos responsabilidades! Contudo, somos dependentes, dependentes dos nossos pais… e se somos dependentes, logo não somos livres… hummmmmmmm, ups, qual foi a parte que me escapou? J
Enquanto crescemos e desenvolvemos continuamos a não ser livres: enquanto estudamos devemos justificações aos nossos pais, aos nossos professores, às escolas; quando trabalhamos devemos explicações aos superiores hierárquicos, impostos ao estado, pagamos casa ao banco; quando criamos família vivemos em função desta… Caramba! Quando somos livres então (pergunta o meu leitor)?
De facto, conceito de liberdade apenas o consigo associar ao de sonho… Somos livres de sonhar o que quisermos. Ninguém controla os nossos sonhos! São nossos, somos livres de o fazer. Liberdade e Sonho caminham mesmo de mãos dadas. Sonhemos então e seremos Livres!!
Carla Vidal

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

FERNÃO CAPELO GAIVOTA, de Richard Bach



"A maior parte das gaivotas não se querem incomodar a aprender mais que os rudimentos do voo, como ir da costa à comida e voltar. Para a maior parte das gaivotas, o que importa não é saber voar, mas comer. Para esta gaivota, no entanto, o importante não era comer mas voar. Mais que tudo, Fernão Capelo Gaivota adorava voar."
Fernão Capelo Gaivota de Richard Bach



Do tempo de estudante universitária, guardo na memória uma leitura que me ajudou a compreender pela primeira vez o verdadeiro sentido da palavra liberdade.
Fernão Capelo Gaivota é a história de uma gaivota ávida de liberdade, que não desejava apenas viver e sobreviver num bando onde todos caminham numa mesma direcção, mas que queria voar para aprender e, assim, alcançar a liberdade através do conhecimento.

Porém, como poderia Fernão Capelo conseguir ser verdadeiramente livre quando tudo e todos caminham em sentido contrário?

- Porquê? Fernão, porquê?- perguntava-lhe a mãe - Por que não podes ser como o resto do bando? Porque não deixas os voos rasos para os pelicanos e para o albatroz?
Por que não comes? Filho, és só penas e osso!

- Não me importo de ser apenas só penas e ossos, mãe. Só quero saber aquilo que consigo fazer no ar, e o que não consigo, mais nada. Só quero saber.
(...) E há tanto para aprender!

Fernão Capelo Gaivota ensinou-me que a vida é uma caminhada nem sempre fácil de se fazer. Contudo, quem quiser ser feliz e verdadeiramente livre terá de aprender a viver. E viver é sonhar, voar e nunca deixar de acreditar.

Dina Baptista

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Liberdade é viajar



 
Aprendemos a sonhar, ler, partilhar, viajar com a mente… lemos e estamos a viajar. Mas é a viajar fisicamente, sair do nosso canto, do nosso conforto, do nosso pequeno domínio e partir, dentro do nosso país ou para outros países, que nos descobrimos e aos outros.
Ao viajar sentimos que fazemos parte do mundo, preparamo-nos para estar abertos à mudança. No mundo somos todos diferentes. Podemos sempre pensar que somos diferentes e melhores, que somos especiais, mas não somos os únicos especiais.
Viajar é estar vivo, estar aberto ao mundo, à mudança, pegar no que conhecermos, dar-lhe uma nova forma, uma nova cultura.
Viajar é libertarmo-nos e estreitar os nossos laços com o mundo!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A Liberdade...

Pensei demasiadas vezes em como começar a falar sobre o tema... É algo que defendo com unhas e dentes “ Liberdade” mas faltam-me as palavras...
Ideias? Inspiração? Deve ser a falta delas que me provoca este sentimento de “ estupidez momentânea”, sinto-me presa! Ando nisto há mais de duas semanas! Que horror! Quem é que não sabe o que dizer sobre a Liberdade? Quem? Quem? Pelos visto eu!
            Escrevo umas 10 linhas logo a seguir apago 9 (ao menos deixo a primeira intacta, é onde escrevo LIBERDADE). Escrevo meia folha A4 e logo a seguir rasgo-a a meio, aproveito uma das partes para fazer um barquinho de papel e logo a seguir amassá-lo com a força toda.
            Ando nisto há dias! Não me sai nada de jeito e aprumado, digno de ser colocado num blog onde o tema é LIBERDADE!
            Pensei no entanto, que se tivesse acesso à opinião de alguém sobre o tema me facilitasse na formação da minha! Grande ideia! Tinha que ser alguém importante, que dissesse assim umas quantas palavras chiques e algo divinal, tinha que ter a certeza que eu ia ficar bem na “ fotografia” – o Pedro!
             Liguei ao Pedro (tem uns mimosos 8 anos, e é um verdadeiro ser livre) e disse-lhe algo como “ preciso que me faças uma composição sobre a LIBERDADE”. Imediatamente se prontificou e disse: “ logo está pronta podes vir buscar”.
            Depois de ter na mão a composição de imediato comecei a ler palavra a palavra...
“ A liberdade é muito boa para nós e para os animais. Aqueles animais que estão presos e depois nós soltamos parecem tolinhos. Como o meu Ruca!
O meu cão Ruca gosta muito de liberdade porque pode correr, brincar... mas quando o prendemos ele fica sem liberdade, e fica muito triste. Eu não gosto dos caçadores porque eles caçam e tiram a liberdade aos animais!”
Pedro Miguel Silva – Aluno da Escola da Torreira
           
            Agora tenho a composição do Pedro, devia ser mais fácil formar a minha opinião, devia ser mais fácil definir LIBERDADE. Continuo presa à ideia de que devia de escrever algo mais aprumadinho, mas opto por seguir o Pedro... Libertar-me!
             
 A Liberdade...

É ter uma multidão e querer só uma pessoa – a TAL PESSOA, é ter a noite e só querer a lua, é ter o mundo e querer só o “meu” espaço.

A Liberdade...

É...


Ana Pereira