sábado, 13 de novembro de 2010

A revolução sexual da geração de 60


Estávamos no início da década de 60. A pílula anticoncepcional tinha acabado de surgir provocando uma autêntica revolução nos comportamentos sexuais. O conceito de sexualidade alterou-se - o sexo pelo prazer!
Esta época efervescente de alteração de comportamentos, de irreverência, de desejo dos jovens se rebelarem aos padrões e comportamentos estabelecidos, a procura de liberdade de expressão e liberdade sexual emergiu sobretudo dos comportamentos femininos.
A inglesa Mary Quant e o francês Courrèges revolucionaram a moda e os padrões,  ao introduzirem a minssaia no vestuário feminino. Os ideais da época exigiam alterações visuais. Assim as roupas representavam um símbolo de libertação dos costumes: a minissaia, o  biquíni, os calções, as calças. Com a moda surge também o desnudamento. Esta alteração da forma de vestir das mulheres está directamente ligada ao novo papel sexual que ela vem assumir e com a sua libertação.
 As mulheres conquistavam o seu espaço e começavam também a usar roupa tradicionalmente masculina (calças, smoking). Afirmam-se cada vez mais na sociedade, começam a trabalhar, a emergir, a ganhar força, surgem com novos discursos. Começam a despontar os movimentos feministas, a luta pela igualdade de direitos, salários e poder de decisão.
Mas a década de 60 foi igualmente pródiga em movimentos sociais. A juventude rebelde estava ansiosa por chocar e mudar padrões de conduta, que se traduziu no movimento de contracultura, tendo como protagonistas os hippies, que contrariavam totalmente os valores sociais da época. Os seus ideais assentavam na paz e amor (peace and love) através do poder da flor (flower power) e na libertação da mulher (women’s lib.). Esta nova filosofia de vida traduzia-se, para além dos seus comportamentos, no seu aspecto físico, cabelos compridos, roupas coloridas e excêntricas, na música e no consumo de drogas.
A rebeldia dos anos 60 culminou em 1968 com o irromper de movimentos estudantis, que tomaram conta das ruas em diversas partes do mundo. Contestavam a sociedade, a moral, os costumes, a estética, a sexualidade, a cultura, os conflitos, as guerras.
Toda esta efervescência teve o seu auge em 1969, quando se juntaram cerca de 500 mil pessoas no maior festival de música rock de todos os tempos, o “Woodstock”, onde durante 3 dias se deu asas ao amor, sexo, drogas e música.
A Geração de 60 mudou o mundo!

Ana Paula

1 comentário:

  1. Sexo e Rock'n'Roll seria o lema. Época em que o sexo deixa de ser tabu para os jovens e a droga e a música condicionam as suas atitudes. Contudo, passa a aparecer uma nova limitação a esta liberdade pouco duradoura: a SIDA...

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