sábado, 11 de dezembro de 2010

Liberdade do duplo sentido da palavra


Como nos diz Philippe Breton “UMA ESTRANHA CARACTERÍSTICA DA PALAVRA HUMANA é a de ter duplo sentido (…) dupla direcção. Ela é dirigida ao mesmo tempo aos outros (…) e ao próprio locutor, no diálogo interior.” Esta dupla articulação da palavra permite relacionarmo-nos com o mundo exterior e com nós próprios. É neste diálogo interior que a palavra nos permite a introspecção, o relacionamento com a parte mais privada do nosso ser.
Esta liberdade de ninguém controlar os nossos pensamentos, sentimentos ou sonhos, a não ser as nossas percepções e os nossos receios, permite-nos extrair-nos de nós mesmos, separando-nos do mundo e de nós. A palavra abre-nos um espaço que permite o nosso desenvolvimento como pessoas.
Domina ainda o nosso ser social ao permitir o nosso relacionamento com o outro. Assim, somos o resultado das experiências que vivemos, dos livros que lemos, dos lugares que percorremos e sobretudo das pessoas com que nos cruzamos.
As pessoas que emergem na nossa vida de forma relevante, não é em vão, enriquecem-nos, criam um vínculo de forma invisível.
 “Tornas-te eternamente responsável por aquilo que cativas” (Saint-Exupéry).
 Levam-nos sim a atingir um nível, onde subimos degrau a degrau, permitindo-nos viver a vida na sua plenitude, fazer emergir a parte mais privada do nosso ser, por vezes não estar completamente no mundo, a atingir aquela liberdade interior que nos conduz onde o pensamento nos permite.
Transpomo-nos assim para um novo estádio da nossa vida!

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